Entre os diferentes problemas que causam dificuldades acadêmicas, um dos principais é, certamente, a Dislexia que foi tema de revisão de John Gabrieli recentemente publicada na revista Science, uma das mais importantes da área científica.
Apesar da necessidade de identificar e tratar a Dislexia, esta não é a única causa de dificuldades de leitura. Podemos observar crianças com dificuldades de leitura devido a vocabulário reduzido e utilização de estratégias precárias para compreensão do texto (“mau leitor”), ou ainda outras com diminuição da motivação para atividades de leitura. Estas causas, naturalmente, sofrem grande influência de variáveis socioeconômicas e do contexto doméstico. Assim como ocorre com crianças com outras dificuldades de leitura, portadores de Dislexia se desestimulam a praticar a leitura fora do ambiente acadêmico, limitando o próprio desenvolvimento da leitura e da aquisição de novas palavras para enriquecimento de vocabulário. Este processo tem impacto negativo no decorrer dos anos acadêmicos, uma vez que in icialmente as crianças “aprendem a ler”, porém depois “leem para aprender”. Estudo realizado por Temple e colaboradores (2001) demonstrou que portadores de Dislexia também podem apresentar padrão de ativação cerebral diferente de controles (indivíduos “normais”) quando submetidos a tarefas que demandavam consciência fonológica. Enquanto os controles recrutavam diferentes regiões cerebrais, incluindo córtex têmporo-parietal esquerdo (regiões mais posteriores do cérebro), os portadores de Dislexia apresentavam pouca ativação destas mesmas regiões.
O tratamento da Dislexia envolve acompanhamento fonoterápico havendo treinamento e desenvolvimento de estratégias de leitura. Em geral, este tratamento se associa “a normalização” da ativação cerebral, no qual portadores assemelham-se a controles na ativação de regiões têmporo-parietais esquerdas. Sabe-se que o tratamento da Dislexia mostra-se eficaz para grande parte dos portadores, porém o prejuízo inerente aos anos anteriores ao diagnóstico tende a ser grande. Desta forma, o principal desafio dos pesquisadores é o desenvolvimento de estratégias para identificação mais precoce de indivíduos sob risco de desenvolvimento desta condição, mesmo antes de iniciado o processo de alfabetização. Os estudos apontaram para bons resultados para tratamentos preventivos, tendo sido possível observar desenvolvimento nor mal da leitura em muitas crianças sob risco de Dislexia. Entretanto, as técnicas para identificação ainda necessitam de maior precisão, tendo em vista que as técnicas atuais ainda não são possíveis de identificar apenas crianças sob risco, mas também outras que teriam desenvolvimento normal.
Apesar da necessidade de identificar e tratar a Dislexia, esta não é a única causa de dificuldades de leitura. Podemos observar crianças com dificuldades de leitura devido a vocabulário reduzido e utilização de estratégias precárias para compreensão do texto (“mau leitor”), ou ainda outras com diminuição da motivação para atividades de leitura. Estas causas, naturalmente, sofrem grande influência de variáveis socioeconômicas e do contexto doméstico. Assim como ocorre com crianças com outras dificuldades de leitura, portadores de Dislexia se desestimulam a praticar a leitura fora do ambiente acadêmico, limitando o próprio desenvolvimento da leitura e da aquisição de novas palavras para enriquecimento de vocabulário. Este processo tem impacto negativo no decorrer dos anos acadêmicos, uma vez que in icialmente as crianças “aprendem a ler”, porém depois “leem para aprender”. Estudo realizado por Temple e colaboradores (2001) demonstrou que portadores de Dislexia também podem apresentar padrão de ativação cerebral diferente de controles (indivíduos “normais”) quando submetidos a tarefas que demandavam consciência fonológica. Enquanto os controles recrutavam diferentes regiões cerebrais, incluindo córtex têmporo-parietal esquerdo (regiões mais posteriores do cérebro), os portadores de Dislexia apresentavam pouca ativação destas mesmas regiões.
O tratamento da Dislexia envolve acompanhamento fonoterápico havendo treinamento e desenvolvimento de estratégias de leitura. Em geral, este tratamento se associa “a normalização” da ativação cerebral, no qual portadores assemelham-se a controles na ativação de regiões têmporo-parietais esquerdas. Sabe-se que o tratamento da Dislexia mostra-se eficaz para grande parte dos portadores, porém o prejuízo inerente aos anos anteriores ao diagnóstico tende a ser grande. Desta forma, o principal desafio dos pesquisadores é o desenvolvimento de estratégias para identificação mais precoce de indivíduos sob risco de desenvolvimento desta condição, mesmo antes de iniciado o processo de alfabetização. Os estudos apontaram para bons resultados para tratamentos preventivos, tendo sido possível observar desenvolvimento nor mal da leitura em muitas crianças sob risco de Dislexia. Entretanto, as técnicas para identificação ainda necessitam de maior precisão, tendo em vista que as técnicas atuais ainda não são possíveis de identificar apenas crianças sob risco, mas também outras que teriam desenvolvimento normal.
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