Dinheiro compra “infelicidade” Monges budistas e freiras católicas encontram satisfação nas coisas simples
novembro de 2010
| © christine gonsalves/istockphoto |
Deixando doutrinas e crenças à parte, tanto quanto possível,
um estudo publicado na Psychological Scienceoferece pistas que podem iluminar essa
questão e esclarecer essa dúvida:
o dinheiro – até o simples pensamento sobre ele
– diminui a satisfação encontrada em prazeres simples da vida.
Considerando que a capacidade de apreciar as experiências prediz o nível de felicidade,
o psicólogo Jordi Quoidbach e seus colegas da
Universidade de Liège, na Bélgica, dividiram aleatoriamente
374 adultos, com perfis e atividade profissional variados,
em dois grupos. O primeiro recebeu a fotografia de uma pilha
de dinheiro e o segundo, a mesma figura, porém desfocada e
impossível de ser reconhecida. Depois os participantes fizeram
testes psicológicos para medir sua capacidade de aproveitar as experiências agradáveis.
Os que receberam a imagem do dinheiro pontuaram menos.
Em um segundo teste, o primeiro grupo recebeu um pedaço de chocolate após ter visto a
fotografia do dinheiro e o outro depois de ter observado a imagem borrada. Depois os
pesquisadores cronometraram o tempo que cada um levou para saborear o doce.
As mulheres apreciaram aguloseima por mais tempo que os homens, porém,
independentemente do sexo, os participantes que receberam a figura do dinheiro
gastaram menos tempo saboreando o chocolate
(em média 32 segundos contra 45 segundos). Esses resultados mostram que pensar
em dinheiro pode tirar o prazer. Em outras palavras, apesar de o dinheiro ser um
canal para o acesso a experiências prazerosas, ele “rouba” a capacidade de apreciar as coisas simples
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